sexta-feira, 28 de maio de 2010

Qual a definição de sentimentos ?

Como definir os sentimentos? Não digo os que interferem nos cinco, ou até seis, sentidos, como o calor, o frio, a dor de uma pancada ou de um corte, a luz que entra em nossos olhos, o toque em nossa pele e tantos outros. Algo mais profundo, que confunde nossa mente, interfere em nosso corpo, mudam o funcionamento dos órgãos, não conseguimos comer direito, dormir direito e assim por diante.

Não é algo como a fome, é algo mais profundo, parece não ser possível de curar com o corpo, como se estivesse em outro lugar, na alma, no espírito, na mente e toma conta de todo nosso ser e, em alguns casos, nos transforma em outra pessoa. Por exemplo, o medo, algo que nos paralisa ou faz fugir daqui e sumir, desistir de tudo e deixar as coisas como estão, ficar sem fazer nada, escondido. A alegria e a felicidade, que nos iluminam, quando realizamos algo que achávamos difícil, superamos nossos limites, quando encontramos a pessoa amada, que nos leva a outros sentimentos, o amor, o sentimento mais confuso e intenso e talvez por isso o mais belo.

Amor por amigo, que fazemos tudo para ajudar, acalmar, curar. O amor entre irmãos, mesmo os que brigam e são distantes, quando alguém ofende ou machuca quem é sangue do seu sangue, você toma as dores e quer fazer de tudo para salvá-lo, será a genética ou instinto de preservação da espécie, provavelmente não.

Mas o melhor, mais intenso e confuso de todos é o amor mais profundo, entre um homem e uma mulher, que também pode ser entre dois homens ou duas mulheres. Não importa se é heterossexual ou homossexual, o que vale é este sentimento que nos leva a entregar nossa vida nas mãos de alguém que apareceu do nada em nossa vida e ao mesmo tempo parece que estávamos juntos desde o início, mas será que foi assim, sem motivo ou é algo planejado. Alguns chamam de providência divina, como Adão e Eva, outros de cara metade, os espíritas dizem que são pessoas que se procuram a cada nova encarnação para continuar sua história.

Nada me convenceu até agora, colocando-me como exemplo, não que seja digno deste posto, porém não tenho outra opção, no começo tentava achar alguma explicação lógica, conheci uma garota, ficamos juntos e o sentimento foi crescendo, o carinho, a paixão sem explicação.

No início tentei entender, depois passei apenas a sentir e isso se tornou uma experiência sem igual, pois, quando amamos temos todos os sentimentos agindo ao mesmo tempo, numa miscelânea incontrolável, surreal. O ódio e a raiva que provém do ciúme, da discordância, a felicidade e a alegria do reencontro, de algo especial que a pessoa amada te faz, do carinho. Uma paz celestial, como se estivesse nas nuvens, no entanto, em um segundo tudo se perde e você fica doido, perdido, com medo e angustiado com a possibilidade de perder aquilo que lhe é mais valioso.

Tantos sentimentos, independentes, explosivos, intensos, e ainda sim algumas pessoas parecem não senti-los, são frias, não querem amar, sentir. E por outro lado existem outras que parecem um turbilhão de sentimentos confusos e incontroláveis, às vezes agem como idiotas, fracos, que não conseguem controlar aquilo sentem ou pensam. Suas atitudes são guiadas pelo sentimento, são levadas pelo que sentem, as fazem trabalhar mais quando estão felizes e realizadas ou deixam de fazer algo importante por estarem com medo ou angustiadas, tornam-se impotentes, paralisadas e não fazem nada.

E dizem que as crianças são frágeis, mas parecem controlar muito melhor seus sentimentos, superam tudo mais rápido, talvez por não se preocuparem, por esquecerem rapidamente dos problemas. Pode ser que esta seja a solução, esquecer de tudo aquilo nos preocupa e assim conquistarmos o controle daquilo que sentimos ou então instalarmos um botão de liga e desliga. Talvez com isso o mundo se torne um lugar mais simples para se viver.

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